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Mitos e Verdades na GESTAÇÃO

A gestação é um período de muitas novidades para a mulher e, com isso, surgem muitas dúvidas nas consultas de pré-natal. Vamos esclarecer alguns dos questionamentos mais frequentes entre as gestantes.

1. A grávida precisa comer por dois.

MITO. A mulher deve se alimentar de forma que garanta a nutrição do seu corpo e do bebê. Apesar de o ganho de peso ser esperado durante a gestação, o ato de “comer por dois” não é necessário para que haja uma nutrição adequada e pode acarretar em um ganho de peso excessivo.

2. Relação sexual na gravidez prejudica o bebê.

DEPENDE. Em uma gestação saudável, a relação sexual não apresenta nenhum risco para o bebê, uma vez que este está protegido dentro do útero pelo BOLSA QUE CONTEM líquido amniótico. Existem algumas situações em que as práticas sexuais com penetração podem ser contraindicadas por apresentar um risco, como em casos de trabalho de parto prematuro, ruptura de membranas (rompimento da bolsa), placenta baixa, ameaça de aborto. Nesses casos, o médico que acompanha a paciente no pré-natal deve informá-la dos riscos e fornecer as orientações necessárias.

3. Consumo de álcool não é recomendado.

VERDADE. Não existe dose segura para consumo de álcool na gestação, portanto seu consumo não é recomendado. O álcool atravessa a barreira placentária e é metabolizado pelo feto, podendo causar diversos prejuízos, como malformações fetais, alterações no crescimento e peso, dificuldades na memória e na atenção da criança futuramente.

4. Grávida não pode comer sushi.

MITO. O consumo de carnes/peixes crus está relacionado a um risco aumentado de Toxoplasmose. IMPORTANTE: PEIXE NÃO TRANSMITE TOXOPLASMOSE, MAS INDICAMOS EVITAR EM FUNÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DE OUTROS PATÓGENOS! Porém, se o alimento for de procedência conhecida, com condições de higiene adequadas e tiver passado por congelamento (que mata possíveis bactérias presentes) pode ser consumido com segurança.

5. Mulher grávida não pode realizar atividade física.

MITO. A prática regular de exercícios de moderada intensidade, como caminhada, natação, hidroginástica, é recomendada e tem relação com a manutenção e/ou melhora da capacidade física da gestante.

6. O formato da barriga da gestante indica se é menino ou menina.

MITO. O formato da barriga está relacionado ao crescimento uterino, posição do feto, fatores da anatomia e da genética da gestante, não possuindo relação com o sexo do bebê.

7. Procedimentos estéticos são proibidos na gestação.

DEPENDE. Existem algumas substâncias, como parabenos, ftalatos, chumbo, ureia, ácidos, presentes em alguns peelings químicos, tinturas de cabelo ou escovas progressivas, que possuem seu uso contraindicado na gestação devido ao risco que apresentam de malformações fetais ou abortamento. Alguns procedimentos podem ser liberados após a primeira metade da gestação, como tonalizantes de cabelo sem amônia, luzes, mechas, uso de hena. É importante sempre consultar o médico responsável pelo seu pré-natal para receber orientações adequadas.

8. Fumar na gestação faz mal para o bebê. 

VERDADE. A nicotina presente no cigarro é um agente vasoconstritor, ou seja, reduz o fluxo sanguíneo, diminuindo a passagem de oxigênio e nutrientes para o feto, o que leva a restrição de crescimento fetal. O tabagismo na gestação também está relacionado ao aumento do risco de aborto espontâneo, descolamento prematuro de placenta e parto prematuro. 

9. Não pode lavar o cabelo no puerpério. 

MITO. O período após o parto é cercado de crenças; uma delas era de que se a mulher lavasse a cabeça nesse período, o sangramento poderia reverter da vagina para a cabeça. No entanto, essa crença é apenas um mito, não há problema algum em a mulher manter sua higiene em dia e lavar seus cabelos.

10. Grávida não pode tomar sol. 

MITO. A exposição solar não é proibida para gestantes, porém deve ser acompanhada sempre do uso de protetor solar. Dar preferência pelos horários de exposição solar no início da manhã e final da tarde. É importante lembrar que manchas podem surgir no período da gestação devido às alterações hormonais que favorecem o aumento da liberação de melanina.

Bibliografia:

Peixoto, Sérgio. Manual de assistência pré-natal. 2a. ed. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2014.

Fonte: https://vitallogy.com/feed/Mitos+e+Verdades+na+GESTACAO/1691

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