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Prevenção Do Câncer De Colo de Útero

O Câncer de Colo do Útero, ou Câncer Cervical, é um tipo de tumor maligno que afeta a parte inferior do útero, que se conecta com a vagina, sendo o terceiro mais comum entre as mulheres da América Latina e do Caribe. Dados da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) indicam que, ano a ano, mais de 56 mil mulheres são diagnosticadas, e, aproximadamente, metade deste número vai a óbito por conta desta doença. 

No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer no colo do útero é também a terceira maior causa de incidência e de mortalidade por câncer em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colorretal.

A situação chama a atenção porque o câncer cervical é uma doença que pode ser prevenida. Por isso, é fundamental que as mulheres saibam o que fazer para evitar o problema e conheçam os sintomas,  para que possam procurar atendimento médico e tenham o tratamento o quanto antes. Vamos juntos combater o câncer de colo de útero?

O que é e o que causa o câncer de colo do útero

O câncer ocorre devido ao crescimento desordenado e descontrolado do epitélio do colo do útero. Trata-se de uma doença com desenvolvimento lento e que pode ocorrer sem apresentar sintomas evidentes em sua fase inicial.

Esta replicação descontrolada do epitélio pode comprometer tanto tecidos próximos e subjacentes – como o estroma, por exemplo – , quanto tecidos e órgãos distantes do útero, como o pulmão.

O câncer de colo do útero pode ser classificado em três categorias, de acordo com o epitélio comprometido:

  • Carcinomas de células escamosas ou epidermoide ― este é o tipo que ocorre na maioria das vezes (aproximadamente 90% dos casos) e está diretamente relacionado à infecção pelo vírus Papiloma Humano (HPV). Este câncer compromete o epitélio escamoso, que é a camada mais externa do colo do útero.
  • Adenocarcinomas ― este tipo já é menos comum e ocorre no epitélio glandular, que fica na parte interna do útero.
  • adenoescamoso ou misto ― este tipo é mais raro, sendo a combinação das características dos dois tipos descritos anteriormente.

Principal causa e fatores de risco 

O câncer cervical é raro em mulheres com menos de 30 anos, tendo pico de incidência entre 45 e 50 anos, isto ocorre porque o tempo para o desenvolvimento do câncer é de 15 a 20 anos em mulheres sem comprometimento imunológico. 

O histórico familiar pode aumentar o risco da ocorrência deste tipo de câncer. Segundo o Instituto Oncoguia, mulheres cujas mães ou irmãs tiveram a doença têm até três vezes mais chances de desenvolvê-la. 

Porém, a principal causa para o desenvolvimento desta doença é a infecção persistente pelo HPV. Este vírus é considerado uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e afeta a pele ou mucosas de homens e mulheres — cavidades oral, genital ou anal. Em alguns casos, a infecção causa o surgimento de verrugas anogenitais e, dependendo do subtipo do vírus e do sistema imune da mulher, pode causar o câncer no colo do útero.

Existem muitos tipos de HPV e a maioria deles não causam problemas, pois a pessoa consegue naturalmente eliminar o vírus em até dois anos após a infecção. Apenas uma pequena taxa de casos, causados pelos genótipos de alto risco oncogênico, que se persistirem podem causar lesões que podem progredir para um câncer.  

Existem fatores de risco que podem aumentar as chances de infecção pelo HPV e, consequentemente, causar um maior risco no desenvolvimento do câncer cervical. São eles:

  • coinfecção pela Clamídia;
  • imunossupressão –  mulheres com sistemas imunológicos debilitados (infectadas pelo vírus HIV e sem tratamento) podem desenvolver o câncer após 5 a 10 anos da infecção);
  • uso prolongado de pílulas anticoncepcionais;
  • uso de Dispositivo Intrauterino (DIU);
  • tabagismo;
  • dieta pobre em nutrientes;
  • obesidade;
  • múltiplas gestações;
  • situação econômica – considerando que mulheres de baixa renda nem sempre têm acesso adequado aos serviços de saúde e podem não realizar os exames de prevenção anuais (Papanicolau).

É importante saber que ter um ou mais fatores de risco para o câncer de colo do útero não implica, necessariamente, no desenvolvimento da doença. Há quem enfrente o problema sem apresentar nenhum dos riscos conhecidos, mas que servem de alerta para que ações de prevenção sejam tomadas.

Quais os principais sinais e sintomas desse tipo de câncer

Como já mencionado, esse tipo de câncer pode não apresentar nenhum sintoma na sua fase inicial. Por este motivo, é fundamental o acompanhamento ginecológico anual mesmo que você não tenha nenhum sintoma, ou a qualquer momento, se você tiver alguma das ocorrências abaixo:

  • corrimentos anormais
  • sangramento entre as menstruações
  • dor ou sangramento após a relação sexual
  • dor ao urinar
  • sensação de urgência para urinar
  • constipação
  • sangramento intestinal
  • dor abdominal relacionada a questões urinárias ou intestinais.

Novamente, apresentar qualquer um desses sinais não determina a ocorrência do câncer cervical. Porém, são indicativos que algo não está correto e não devem ser ignorados pela mulher, que deve procurar atendimento médico o quanto antes.

Como prevenir o câncer de colo do útero

Estudos atuais indicam que 40% dos casos de câncer podem ser prevenidos por meio da redução de fatores de risco (parar de fumar, ter uma dieta balanceada, colocar um fim no sedentarismo e diminuir o sobrepeso/obesidade) e da vacinação (contra hepatite B e HPV). Além disso, 30% podem ser curados se detectados precocemente e tratados adequadamente.

“É inaceitável que as mulheres, hoje, morram de uma doença que em grande medida pode ser prevenida”. A fala é de Silvana Luciani, chefe da Unidade de Doenças Não-Transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde (-OPAS).

O melhor caminho é evitar a infecção pelo HPV, o que implica na vacinação — indicada para mulheres de 9 a 45 anos — e no uso do preservativo em todas as relações sexuais.

É necessário ressaltar, porém, que o HPV não é contraído apenas por meio da penetração. O contato genital com a pele é também um modo de transmissão possível. Por isso, a realização do exame Citopatológico (Papanicolau ou a Citologia Oncótica em meio líquido) deve ser feita de forma rotineira a partir do início da vida sexual.

Além disso, é importante ter atenção aos fatores de risco,, para mantê-los sob controle. A orientação profissional é determinante, já que cada mulher é única e possui características genéticas e estilo de vida próprios, que podem influenciar no seu risco para a doença.

Exames de prevenção e diagnóstico

Além do Papanicolau e da Citologia Oncótica em meio líquido, o ginecologista pode realizar outros exames tanto para auxiliar no seu diagnóstico, como para analisar o risco da paciente em casos de lesões pré-cancerosas ou auxiliar no prognóstico da mulher em casos onde o câncer do colo do útero já foi estabelecido.

Para auxiliar no diagnóstico da infecção pelo HPV, recomendado em jovens e com a vida sexual ativa, pode ser feita a pesquisa da infecção pelas técnicas de Biologia Molecular, como a Captura Híbrida ou a PCR. Esta última metodologia faz a pesquisa apenas dos subtipos de alto risco oncogênico, porém permite a genotipagem dos subtipos 16 e 18, que estão associados com 70% dos casos de câncer no colo do útero, algo que a Captura Híbrida não informa.

Além destes exames, também é possível a realização de outros que podem confirmar ou não o problema, como:

  • ultrassom transvaginal; 
  • curetagem uterina;
  • histeroscopia;
  • colposcopia. 

Este post lhe foi útil? Então, aproveite para conhecer todos os exames disponibilizados pelo DB Molecular!

Referências

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5634:folha-informativa-hpv-e-cancer-do-colo-do-utero&Itemid=839

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-colo-do-utero-o-que-e-sintomas-tratamentos-e-causas/10639/7/https://www.vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-uterino/cancer-de-colo-do-utero-tratamento/

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero

Fonte: https://www.dbmolecular.com.br/artigo/prevencao-cancer-colo-utero

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