Um estilo de vida mais saudável, especialmente se aliado à suplementação, pode garantir bons níveis de vitamina D no organismo, evitando os diversos impactos negativos de sua carência.
Sempre ouvimos falar que a falta de vitamina D no organismo é prejudicial à saúde. E não se trata de um mito: essa substância é essencial, por exemplo, para a absorção do cálcio, para a força muscular e até mesmo para a preservação da memória.
Apesar de classificada como uma vitamina, ela é um pró-hormônio, o que significa que o nosso corpo tem a capacidade de sintetizar essa substância — no caso, o colecalciferol, ou vitamina D3. Tanto ela quanto a D2, ou ergocalciferol, podem ser obtidas por meio da alimentação.
Por causa dos nossos hábitos atuais, a carência de vitamina D tem sido um problema bastante comum entre as pessoas. Por isso, conversamos com uma especialista no assunto, a dermatologista Dra. Camila Azzini, para que ela nos explicasse a importância dessa substância e os prejuízos que a falta dela pode causar. Acompanhe e entenda como cuidar ainda melhor da sua saúde!
Qual é a importância da vitamina D para a saúde?
A vitamina D cumpre diversas funções no organismo humano. Uma das principais é favorecer a absorção do cálcio. Quando há falta de vitamina D, o corpo tem dificuldade para aproveitar esse mineral importante para a estrutura dos ossos. Então, podem ocorrer dores, inclusive nas articulações, e perda óssea, causando osteopenia, osteoporose e fraturas.
A força muscular depende das boas taxas de vitamina D. Ela se relaciona com a manutenção da massa magra, além de favorecer o ganho dela, sem falar que ajuda a melhorar a saúde do coração e fortalece o sistema imunológico. É o que Camila explica: “Tem doenças de que, se você estiver com a vitamina D boa, consegue melhorar mais rápido, principalmente doenças infecciosas, causadas por vírus”.
Sabia que até mesmo a saúde e a beleza dos seus cabelos podem ser ameaçadas pela falta de vitamina D? A carência desse nutriente pode levar à queda acentuada dos fios, acentuar a calvície e a alopecia areata, uma doença autoimune que ataca os folículos capilares. “Quando a pessoa tem na família o gene da calvície, se estiver com a vitamina D muito boa, pode diminuir a expressão desse gene”, ressalta a especialista.
Como a defasagem de vitamina D pode impactar a saúde mental?
Não podemos esquecer que a falta de vitamina D atrapalha, também, a absorção do fósforo e pode até acelerar o processo de envelhecimento celular. Inclusive, a saúde mental pode ser abalada pela carência desse nutriente. Segundo Camila, até mesmo a depressão pode ser amenizada com o equilíbrio da substância no organismo.
A vitamina D também atua sobre a região do cérebro que está relacionada com a formação das nossas memórias. Assim, quando suas doses são insuficientes, ocorre um favorecimento da perda de funções cognitivas, que podem estar ligadas com quadros de esquizofrenia e o mal de Alzheimer.
Quais são as principais causas da carência de vitamina D?
Como você viu, a vitamina D é dividida em duas categorias, D2 e D3. A primeira só pode ser obtida por meio da ingestão dos alimentos adequados, enquanto a segunda é produzida pelo nosso organismo quando nos expomos ao sol.
Sendo assim, as principais causas da falta de vitamina D são a alimentação inadequada e a baixa exposição solar. No segundo caso, isso tem acontecido pela grande permanência das pessoas em ambientes fechados e pelo uso cada vez mais recorrente de automóveis e do filtro solar.
“A vitamina D que nosso corpo produz está na forma inativa. Para ativá-la naturalmente, temos que pegar sol. Principalmente o sol da radiação UVB, que é o sol forte, aquele sol do meio-dia. Porém, quando em excesso, esse sol pode ser bastante nocivo à pele: ele causa envelhecimento e pode aumentar a chance de alguns tipos de câncer de pele. Então, a melhor solução para suprir uma eventual carência seria a suplementação com vitamina D3, que é a forma ativa de vitamina D”, detalha a dermatologista.
Vale reforçar que a proteção contra a radiação do sol é indispensável, em especial para quem tem pele sensível e muito clara. Existem alguns momentos do dia que são seguros para essa exposição, e poucos minutos são suficientes para incentivar o organismo a sintetizar a vitamina D.
Em quais tipos de alimentos a vitamina D é encontrada?
Com algumas adequações em sua alimentação, você pode obter a vitamina D de maneira natural. Existem diversos tipos de alimentos para adicionar à dieta, variando o seu cardápio a fim de garantir ao seu organismo essa substância tão importante.
Os peixes são nossos grandes aliados. Encontramos a vitamina D no atum, na sardinha e no salmão selvagem. Se você aprecia ostras, saiba que elas também são uma boa alternativa. Além disso, o óleo de fígado de bacalhau é rico na substância, além de conter ômega 3 e vitamina A.
Uma opção bem acessível que também oferece vitamina D é o bife de fígado, encontrado em qualquer açougue ou supermercado. Ele não apenas garante esse nutriente como também é uma excelente fonte de ferro, ajudando a evitar os quadros de anemia.
Mais uma opção que praticamente todo mundo tem em casa é o ovo. A gema contém vitamina D e diversos outros nutrientes e ainda consiste em uma excelente fonte de proteína, ideal para quem adota a dieta vegetariana. Também para quem não deseja consumir carne, vale obter o nutriente por meio dos cogumelos.
Encontramos suplementos para repor esse nutriente, mas não são todas as pessoas que sofrem com a falta de vitamina D. Por isso, a utilização desse tipo de produto deve ser feita com indicação de um médico ou nutricionista, de modo a realmente atender às necessidades do seu corpo. “A vitamina D está presente em alguns tipos de alimentos, como os peixes de água fria. Porém, o peixe de água fria aqui no Brasil, como o salmão, muitas vezes não vem de água fria, mas de cativeiro. Então, muitas vezes, não tem a quantidade de vitamina D de que a gente precisa. Por isso, a suplementação de vitamina D é tão importante”, pondera Azzini.
Qual é a relação da vitamina D com tomar sol?
Conforme explicamos, a vitamina D3 é sintetizada pelo nosso corpo quando expomos a pele à radiação solar. Como essa é a principal forma de obter essa variação do nutriente, é muito importante tomar alguns banhos de Sol durante a semana. “A vitamina D, para se transformar em sua forma ativa em nosso corpo, precisa do sol. Mas o sol em excesso pode danificar a pele, envelhecer, causar manchas e aumentar as chances de alguns tipos de tumores. Por isso é importante proteger bem a pele, principalmente as áreas mais expostas, como rosto, colo, pescoço e mãos, além de usar chapéu como proteção de barreira e fazer suplementação de Vitamina D“, explica a médica.
Além de proteger regiões mais expostas e sensíveis, como o colo e o rosto, também vale usar óculos escuros para garantir a proteção da área dos olhos. E não se esqueça de que o Sol favorece a perda de água da pele; então, cuide do seu corpo ingerindo bastante líquidos e usando hidratantes poderosos para manter a umidade natural dela. Assim, evitamos o ressecamento e mantemos a suavidade e a imunidade.
Agora que já vimos como a falta de vitamina D oferece diversos riscos para sua saúde, garanta esse nutriente ao seu corpo para poder viver bem! Além do equilíbrio da saúde, você vai alcançar mais beleza e bem-estar, favorecendo a sua qualidade de vida.
Fonte: https://blog.granado.com.br/falta-de-vitamina-d/