A vídeo histeroscopia é uma importante ferramenta utilizada na Ginecologia para diagnóstico de
patologias intrauterinas, bem como terapêutica a partir de cirurgia minimamente invasivas.
A videohisteroscopia diagnóstica é um exame ambulatorial que pode ser realizado sem anestesia, uma vez que o estímulo doloroso é considerado de leve a moderado na grande maioria das pacientes. Para aquelas que apresentam uma maior sensibilidade ou alguma alteração, como estenose de orifício externo do colo uterino, do canal cervical ou de orifício interno, o exame poderá ser realizado sob anestesia. O exame permite a avaliação de diversas patologias suspeitas em outras técnicas, como a ultrassonografia transvaginal, a histerosonografia e histerosalpingografia, que apresentam como achados, PÓLIPOS ENDOCERVICAL e/ou ENDOMETRIAL, MIOMA, ADERÊNCIAS INTRAUTERINAS, HIPERTROFIA DE ENDOMÉTRIO, CANCER DE ENDOMÉTRIO, além de queixas apresentadas pela paciente de SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL e DISMENORRÉIA. Além disso, a vídeo histeroscopia diagnóstica possibilita a avaliação da cavidade uterina em casos de abortamento de repetição e por infertilidade. A biópsia no exame de vídeo histeroscopia pode ser realização na maioria dos casos sob visão direta da patologia estudada.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE VIDEOHISTEROSCOPIA DIAGNÓSTICA:
- Sangramento uterino anormal, principalmente nos casos de sangramento pós menopausa.
- Pólipos endocervicais e endometriais.
- Miomas.
- Malformações uterinas.
- Ausência de menstruação sem causa hormonal.
- Suspeita de câncer no endométrio.
- Avaliação da cavidade prévia a histerectomia.
- Retirada ou reposicionamento do d.i.u..
- Identificação e localização de restos ovulares.
- Infertilidade.
A vídeo histeroscopia cirúrgica é realizada em centro cirúrgico sob anestesia, geral ou regional, sendo um procedimento minimamente invasivo com duração média de 20 a 30 minutos realizada por via vaginal. Além de apresentar excelentes resultados, a vídeo histeroscopia cirúrgica apresenta como outras vantagens, redução do tempo de internação e dos custos da cirurgia, rápido retorno da paciente às suas atividades diárias, procedimentos cirúrgicos de maior porte como a histerectomia (retirada do útero) podem ser evitados e os índices de complicações, desde que respeitados os princípios, as limitações e a técnica são baixos.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE VÍDEO HISTEROSCOPIA CIRÚRGICA:
- Ressecção de pólipos endometriais e endocervicais.
- Ressecção de mioma submucoso.
- Ressecção de septo uterino.
- Ressecção de sinéquias uterinas.
- Ablação endometrial.
Importante ressaltar que a ablação endometrial é um procedimento que consiste na remoção ou destruição do endométrio em quase toda sua espessura e extensão. Indicado para tratamento do sangramento uterino anormal que não responde ao tratamento com medicação; no tratamento da hipertrofia endometrial recidivante ou que não responde ao tratamento medicamentoso sem atipias citológicas, ou como tratamento de primeira escolha na hipertrofia endometrial sem atipias citológicas; e para pacientes que não desejam se submeter a histerectomia ou apresentam alto risco cirúrgico. Pacientes que desejam engravidar não devem realizar esse procedimento. Destaca-se que a ablação endometrial só pode ser realizada após a exclusão de patologia maligna ou pré maligna do endométrio.